domingo, 16 de janeiro de 2011

Multilinguismo e direitos linguísticos


Imagem daqui



O direito à diversidade linguística (O caso de Angola)
(Documento de Domingos Nazau & Maria da Graça Sardinha
Faculdade de Arte e Letras da Universidade da Beira Interior)

"2.2. O professor da actualidade: na senda de um perfil

O professor, hoje, deverá ser fundamentalmente um agente de mudança. Neste século XXI, os nacionalismos devem dar lugar ao universalismo, os preconceitos étnicos e culturais à tolerância, à compreensão, ao pluralismo, à democracia. O cerne do processo pedagógico deve ser constituído por uma forte relação entre o professor e o aluno. Há muito que o professor deixou de ser apenas o transmissor de conhecimentos, mas sim alguém que consegue ajudar os seus alunos a resolver problemas, por forma a tornarem-se sujeitos autónomos e interventivos, livres e democratas.

Mediante o exposto, que se pode enquadrar no âmbito da formação do professor de qualquer ramo do saber, procuraremos definir o professor de língua portuguesa uma vez que, em nossa opinião, poderá ser um elemento chave na formação da jovem democracia angolana.

Sabendo à partida que não se apresenta tarefa fácil, primamos pela exigência de um professor Culto, com uma personalidade onde a dimensão da teoria, da praxis e da crítica coabitem em dinâmica e constante interacção. Exige-se que nos primeiros anos de ensino não seja um mero alfabetizador, mas alguém com capacidades, entre outras: 1- O saber relativo à teoria; 2- O saber-fazer relativo à praxis; 3- O saber-ser/saber-estar relativo à dimensão crítica.

Quanto às competências exigidas ao professor de língua portuguesa em qualquer parte
do mundo, deverão convergir nos seguintes parâmetros:
i) O poder práxico-poiético, que se traduz na conectização das capacidades de falar/escrever/ouvir/ler;
ii) O poder teórico, que, por sua vez, remete para a capacidade de interpretar e de explicitar, formulando hipóteses, arquitectando teorias e modelos, construindo esquemas…;
iii) O poder crítico, que fundamenta, justifica e confirma os produtos do poder teórico sobre a língua, estabelecendo critérios e padrões de gramaticalidade, de aceitabilidade, clarificando pressupostos, em suma, problematizando o poder teórico sobre a língua.

Todavia, para além do exposto, pretende-se um verdadeiro profissional de ensino que saiba organizar-se à volta da questão das aprendizagens fundamentais, tidas como verdadeiros “pilares” da educação (De Lord, 1996):
a) Aprender a conhecer;
b) Aprender a fazer;
c) Aprender a viver juntos;
d) Aprender a ser."

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