Este blog pretende ser uma compilação de textos, vídeos, livros, dinâmicas de grupo, exercícios psicomotores e outros... que ajudem ou estejam relacionados com a educação/alfabetização e, na sua maioria, são retirados da Internet, assim como a maioria das fotos. Alguns já não os encontro no local, pelo que não têm referida a autoria mas a todos agradeço. (Há alguns títulos que são ligações a vídeos ou livros.)
sábado, 30 de abril de 2011
A REFLEXÃO NA PRÁTICA DOCENTE
Diante as transformações ocorridas no mundo contemporâneo, a formação do professor reflexivo, como alternativa às dificuldades decorrentes da formação inicial e continuada, começa a aparecer nas práticas profissionais. Sendo assim, o trabalho objetiva analisar o processo reflexivo dos professores acerca de suas práticas pedagógicas, observando os impactos e mudanças que esta reflexão produz na pratica docente. Para tanto, desenvolveu uma pesquisa bibliográfica acerca de temas como: o papel da escola no contexto atual, formação dos professores e prática reflexiva. Têm-se como considerações finais que o professor reflexivo deve estar alicerçado em ações que compreendam a correlação entre teoria e prática, e principalmente a reflexão na ação, a reflexão sobre a ação e a reflexão sobre a reflexão na ação.
(...)
Libâneo (2001) evidencia que mesmo existindo poucos estudos acerca de indicadores de qualidade de ensino, há um consenso entre os estudiosos de que o objetivo da educação em um processo crítico propõe uma formação abrangendo a totalidade do ser humano na suas dimensões físicas, afetivas, cognitivas, não se reduzindo a dimensão econômica.
Para Veiga (2000) os problemas da educação são sociais, havendo, primordialmente e principalmente, a necessidade de mudança da sociedade ao invés de apenas mudar a educação em si. Esses desafios resultam numa definição quanto ao objetivo da educação.
Baseado nesses pressupostos é impossível que o objetivo da educação esteja desconectado da economia vigente. É plausivo mencionar essa correlação uma vez que através dela torna-se possível superar as desigualdades sociais e atender efetivamente a todos e não apenas uma minoria privilegiada.
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A partir da visão mencionada acima, a autora ressalta que os problemas atuais quanto aos cursos de formação inicial são gerados pela distância dos currículos e estágios quanto à realidade das escolas, apresentando caráter burocrático e pouco contextualizados, impossibilitando a percepção quanto às contradições presentes na prática social de educar. Quanto à formação contínua, a autora critica os cursos de suplência e/ou atualização dos conteúdos que são realizados, pois esses são ineficientes para atuar no fracasso escolar, uma vez que não utilizam a prática docente e pedagógica da escola nos seus conteúdos.
(...)
Moreira (apud FERREIRA, 2001, p. 108) argumenta sobre as possibilidades emancipatórias do currículo, em que este não seja apenas um conjunto de conteúdos aprendidos pelos alunos, mas como um esforço de introdução a um determinado modo de vida, ou seja, deve-se entender o currículo como uma configuração de conhecimentos, métodos e valores que contribuem para a introdução a uma forma particular de autoridade textual e para a legitimação dessa forma.
Libâneo (2001, p. 28) apresenta novas atitudes docentes necessárias ao currículo do novo professor frente às exigências que a contemporaneidade traz consigo. São estes:
· Assumir o ensino como mediação: aprendizagem ativa do aluno com a ajuda pedagógica do professor;
· Modificar a idéia de uma escola e de uma prática pluridisciplinar para uma escola interdisciplinar;
· Conhecer as estratégias do ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender;
· Persistir no empenho de auxiliar os alunos a buscarem uma perspectiva crítica dos alunos, a se habituarem a aprender as realidades enfocadas nos conteúdos escolares de forma crítico-reflexiva;
· Assumir o trabalho de sala de aula como um processo comunicacional e desenvolver capacidade comunicativa;
· Reconhecer o impacto das novas tecnologias da comunicação e informação na sala de aula;
· Atender a diversidade cultural e respeitar as diferenças do contexto da escola e da sala de aula;
· Investir na atualização científica, técnica e cultura, como ingredientes do processo de formação continuada;
· Integrar no exercício da docência à dimensão afetiva;
· Desenvolver comportamento ético e saber orientar os alunos em valores e atitudes em relação à vida, ao ambiente, às relações humanas e a si próprios.
Essas novas atitudes vêm demonstrar que o profissional atual inclui ousadia de inovar as práticas de sala de aula, trilhando caminhos inseguros e não conhecidos, precisando assim, assumir responsabilidades e correr riscos, a fim de desenvolver habilidades dos alunos superando a crença de que para ser professor, basta transmitir com clareza determinados conteúdos.
Ver todo o texto aqui.
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