quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ALTE - Níveis de proficiência



ALTE

A ALTE (Association of Language Testers in Europe)
é uma associação formada por diversos órgãos certificadores das línguas europeias. Foi fundada em 1989 pelas Universidades de Cambridge (Reino Unido) e Salamanca (Espanha) com o objectivo de estabelecer níveis comuns de proficiência e promover o reconhecimento internacional das certificações europeias. Actualmente tem mais de 29 membros.
Sendo assim, a ALTE também tem uma tabela de seis níveis de qualificação que correspondem aos seis níveis propostos pela União Europeia. A equivalência é a seguinte:
A1 - ALTE Breakthrough
A2 - ALTE Level 1
B1 - ALTE Level 2
B2 - ALTE Level 3
C1 - ALTE Level 4
C2 - ALTE Level 5

Essa estrutura da ALTE foi desenhada em conjunto com os países membros e por especialistas em linguística.
No intuito de fazer os níveis propostos pelo Common European Framework mais fáceis de entender, a ALTE desenvolveu uma série de indicações do "Pode fazer" para cada um dos níveis. Essas indicações descrevem o que os usuários da língua conseguem fazer tipicamente nos diferentes níveis e contextos.

Os seis níveis

Usuário básico
A1: Consegue compreender e usar expressões conhecidas do dia-a-dia e frases básicas dirigidas para a satisfação concreta de uma necessidade. Consegue apresentar-se aos outros e responder perguntas sobre si, tais como onde mora, pessoas que conhece e objectos que lhe pertencem. Consegue interagir de forma simples desde que a outra pessoa fale devagar e claramente e esteja preparada para ajudar.

A2: Consegue compreender frases e frequentemente usa expressões relacionadas com as áreas de relevância imediata (informação pessoal e familiar, compras, geografia local e emprego). Consegue comunicar em tarefas simples e rotineiras que requerem troca de informação simples e directa como assuntos do seu conhecimento. Consegue descrever aspectos simples do seu passado, ambiente imediato e áreas de necessidade imediata.

Usuário independente
B1: Consegue compreender os pontos principais de assuntos conhecidos com que se depara regularmente no trabalho, escola, lazer. Consegue lidar com quase todas as situações que possam surgir. Consegue redigir textos simples e bem organizados sobre um assunto do seu interesse ou conhecimento. Consegue descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, e dar breves razões e explicações de opiniões e planos.

B2: Consegue compreender as linhas gerais de textos mais complexos sobre assuntos concretos ou abstractos, incluindo técnicas de discussão numa área da sua especialização. Consegue interagir com um certo grau de fluência e espontaneidade com falantes nativos da língua. Consegue redigir textos claros e detalhados sobre vários assuntos e consegue explicar o seu ponto de vista sobre um determinado assunto, mostrando as vantagens e desvantagens.

Usuário proficiente
C1: Consegue compreender uma variedade de textos cada vez mais longos e exigentes, e reconhece o significado implícito. Consegue expressar-se espontaneamente e com fluência, sem grandes hesitações aparentes. Consegue usar a linguagem de forma flexível e eficaz para fins sociais, académicos e profissionais. Consegue redigir textos claros, bem estruturados e detalhados sobre assuntos complexos, mostrando controle de técnicas organizacionais, de coesão e ligação.

C2: Consegue compreender com facilidade tudo o que lê e ouve. Consegue (recolher e )resumir informação de diferentes fontes, tanto escritas como faladas, reconstruir argumentos, numa apresentação coerente. Consegue expressar-se espontaneamente, com precisão e fluência, diferenciando os mais leves significados de situações cada vez mais complexas.

Vale lembrar que esses seis níveis são válidos para os certificados e não têm nada a ver com os testes que avaliam o seu nível linguístico no momento em que o faz. Por exemplo, em inglês existem cinco certificados (KET, PET, FCE, CAE e CPE), que são aplicados pela Universidade de Cambridge.

O IELTS é o principal teste de inglês também aplicado pela Universidade de Cambridge. Nele quem o faz tira uma nota e não é reprovado, porque é o nível de qualificação em Inglês que está sendo medido. Já no caso dos certificados, quem o faz passa ou não, é um exame.

Ambos são aceites por universidades do mundo inteiro. Porém, é imposta uma nota mínima no caso do IELTS e um nível mínimo no caso dos certificados. "Os certificados têm níveis diferentes: a universidade pode aceitar desde o CAE até o CPE. Talvez não aceite o FCE. Quando a universidade aceita os certificados, vai determinar quais níveis daquele certificado serão aceites. Não é qualquer um. Para aceitar o IELTS, irá atribuir uma nota. Essa é a diferença", explica a gerente nacional de exames do British Council, Rosane de Génova.



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