sábado, 9 de julho de 2011

Didática - Comenius "Omnes, omnia, omnino - Todos, tudo, totalmente"

Jan Amos Comenius (Uherský Brod, 1592-Amsterdam, 1670)


(A Persistência da Memória - Salvador Dali)

Jan Amos Comenius (Uherský Brod, 1592-Amsterdam, 1670)- Didática Magna - Tratado Universal de Ensinar Tudo a Todos - ver aqui

Comenius defendeu o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança.

Quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino. Também acreditamos que o direito de todas as pessoas - absolutamente todas – à educação é um princípio que só surgiu há algumas dezenas de anos. De fato, essas ideias se consagraram apenas no século 20, e assim mesmo não em todos os lugares do mundo. Mas elas já eram defendidas em pleno século 17 por Comênio (1592-1670), o pensador tcheco que é considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação.

A obra mais importante de Comênio, Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. A obra, à qual o autor se dedicou ao longo de sua vida, tinha grande ambição. "Comênio chama sua didática de ‘magna’ porque ele não queria uma obra restrita, localizada", diz João Luiz Gasparin, profhttp://www.blogger.com/img/blank.gifessor do Departamento de Teoria e Prática da Educação da Universidade Estadual de Maringá. "Ela tinha de ser grande, como o mundo que estava sendo descoberto naquele momento, com a expansão do comércio e das navegações."

No livro, o pensador realiza uma racionalização de todas as ações educativas, indo da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades.

Ver todo o texto de Márcio Ferrari aqui.


Sobre Comenius e a sua obra encontramos: Fabricando fit faber o que aplicado a professores pode querer dizer que o professor se faz ensinando.

Para Comenius A verdadeira sabedoria é aquela que encerra todas as ciências e que garante uma linguagem universal como uma http://www.blogger.com/img/blank.gifespécie de universalidade comunicacional. A este processo a obra chama de Pansófia, ou seja, instrução universal o que permite melhor compreender o advérbio “totalmenhttp://www.blogger.com/img/blank.gifte”.
Para que esta proposta seja tornada realidade alguns instrumentos são imperativos, a saber: Escolas, livros e professores – Universais. Aos livros ele denomina de Pambíblia, às escolas qualifica de Panscolia e os professores de Pandidáscalia. O prefixo “pan” é o que identifica a http://www.blogger.com/img/blank.gifuniversalidade necessária para a efehttp://www.blogger.com/img/blank.giftivação da paz que se dá por meio da educação.


Ver todo o texto de Luciane Boreki e Elcio Alberton aqui.

Gostaríamos ainda de referir nesta entrada do Blog o livro de Comenius "Orbis pictus" (1651)- o primeiro livro ilustrado com fins didáticos - traduzido para "Visible World in Pictures" ou "Mundo Ilustrado" e que se pode ver integralmente aqui .

Sobre este livro María Esther Aguirre Lora escreveu um artigo que podemos encontrar aqui.

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