segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"CPLP- uma comunidade que deve ser trabalhada"

Imagem daqui.

A lusofonia é "uma utopia útil", mas não pode "sufocar as culturas dos povos" dos países que a partilham, defende o antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano.

Numa das conferências que assinala os 40 anos do semanário “Expresso”, esta segunda-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Chissano questionou o termo e o conceito de lusofonia, falando na "inculturação" do espaço lusófono "por um dos povos".
 
O antigo líder moçambicano disse que "em Portugal não se encontram as culturas" dos outros designados países lusófonos, são "visitantes" apenas. Ou seja, o conceito de lusofonia pode significar uma "exclusão da diversidade", realçou.  


Joaquim Chissano defende que a Língua Portuguesa é o destino comum dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma comunidade que deve ser trabalhada.
“Costumamos dizer que o que nos une é a Língua. Eu digo que não, é o que nós queremos fazer com a Língua. Criámos a CPLP porque nos movemos por iguais ideias: falo de ideais de liberdade, igualdade entre as nações, dignidade, paz, respeito pelos direitos humanos e aspiração pelo desenvolvimento das pessoas de todos os nossos países.”

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