Este blog pretende ser uma compilação de textos, vídeos, livros, dinâmicas de grupo, exercícios psicomotores e outros... que ajudem ou estejam relacionados com a educação/alfabetização e, na sua maioria, são retirados da Internet, assim como a maioria das fotos. Alguns já não os encontro no local, pelo que não têm referida a autoria mas a todos agradeço. (Há alguns títulos que são ligações a vídeos ou livros.)
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Dicionário Termos Linguísticos
Imagem daqui.
«O estudo da Linguística tem uma longa tradição em Portugal. A atenção dos linguistas portugueses nunca se voltou, contudo, para a elaboração de um dicionário que permitisse um acesso rápido e eficiente à informação diversificada neste domínio.
A falta desse instrumento de trabalho, fez surgir, por iniciativa da Direcção da Associação Portuguesa de Linguística, um projecto de elaboração de um Glossário de Termos Linguísticos. As primeiras listagens, apresentadas em 1986, incluíam os termos utilizados pelos linguistas portugueses nas várias áreas de especialização, acompanhados na sua quase totalidade por equivalentes de outras línguas.
Perante a necessidade de completar a recolha iniciada e de criar definições para os termos listados, a Associação Portuguesa de linguística apresentou, em 1987, no âmbito do Programa Mobilizador de Ciência e Tecnologia aberto pela JNICT, o projecto de continuação e alargamento da terminologia linguística. A aceitação, por parte da Junta, deste projecto permitiu a realização do Dicionário de Termos Linguísticos.»
(in "Introdução" do Volume I do Dicionário de Termos Linguísticos).
domingo, 30 de janeiro de 2011
Instituto de investigação e desenvolvimento Política Linguística
O Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística é uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter cultural e educacional, fundada em 1999, com sede em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil e constituída por profissionais de diversas áreas do conhecimento, para realizar projetos de interesse político-linguístico.
Ver site aqui.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Luanda vista da Fortaleza(*)...
Imagem daqui.
Luanda celebra hoje 429 anos
Luanda, 25/01 - A cidade de Luanda, capital de Angola, assinala hoje o seu 429º aniversário.
Fundada a 25 de Janeiro de 1576 pelo governador português Paulo Dias de Novais, a região de Luanda era vista como ponto estratégico no comércio entre África, Europa e Américas.
No início, os portugueses estabeleceram-se na ilha do Cabo, à entrada da Baía de Luanda, sendo depois transferidos para o continente, devido às melhores condições de povoamento.
Invadida pelos holandeses em 1641, a cidade foi reconquistada por Salvador Correia de Sá e Benevides ,em 1648, com uma armada de 12 navios e 1200 homens.
Nesta ocasião, o nome da povoação foi alterado para São Paulo de Assunção de Loanda, pois a reconquista deu-se no dia da Assunção da Virgem.
Em 1662, Luanda é elevada à condição de cidade, tendo seus moradores privilégios iguais aos dos cidadãos do Porto, em reconhecimento ao papel decisivo de seus habitantes na reconquista de Angola.
Durante muito tempo, a economia de Luanda girou em torno do comércio de escravos e da exploração do marfim, perfil este que foi alterado com a conquista de novas terras no interior e com a construção do Caminho de Ferro até Malanje, abrindo novas possibilidades para o comércio.
No século XX, Luanda experimentou a prosperidade e a estagnação. Se em meados da década de 1960 a cidade era uma das mais belas e desenvolvidas de todo o continente africano, após a independência e a guerra civil a situação mudou.
Projectada para uma população de 600 mil habitantes, Luanda suporta, actualmente, mais de 4 milhões de moradores, forçosamente expulsos do campo pela guerra.
Deste fenómeno emergiu a cidade em profundos problemas sociais, como a falta de água potável e de energia eléctrica em alguns bairros, a falta de saneamento básico, constantes acumulações de lixo, ausência de infra-estruturas e de habitações, a destruição dos espaços verdes bem como as construções anárquicas em todo o perímetro da capital.
Contudo, para fazer face a carência habitacional e acudir a outras situações, o Governo alargou a capital com o projecto conhecido como Luanda-Sul, onde foram construídas mais de 2500 residências.
O Governo, com ajuda dos seus parceiros, concluiu já as obras da segunda fase do projecto de saneamento básico e requalificação urbana de Luanda.
Nesta segunda fase foram concluídas as obras de reabilitação e ampliação de quatro quilómetros da estrada principal da Samba.
Além da implementação das obras da estrada, estão a ser executadas vias alternativas, iluminação pública e redes técnicas (rede de água potável,tubagem para execução das redes de electricidade, TV cabo, telefone e colector principal para a futura rede domiciliar de esgotos).
Até ao momento, o Governo realojou três mil e 500 famílias, das zonas do Panguila (Cacuaco) e Sapu (Kilamba-Kiaxi), cujas residências abrangidas pelo projecto foram destruídas.
Luanda está actualmente dividida por nove municípios nomeadamente, Ingombotas, Maianga, Rangel, Samba, Sambizanga, Cazenga, Kilamba Kiaxi, Cacuaco e Viana.
Fonte: AngolaPress
(*)Fortaleza de São Miguel de Luanda - Erguida por determinação do primeiro Governador, Paulo Dias de Novais, em 1575, é a primeira estrutura defensiva construída em Luanda (e em Angola).
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Língua de escolaridade e direitos...
imagem daqui.
LÍNGUAS DE ESCOLARIDADE
Conteúdo:
* Contexto e objectivos
* Plataforma de Recursos e referências para a educação intercultural e plurilingue
* Conferências e Relatórios: 2006 – 2007 – 2008 - 2009 2006 - 2007 - 2.008 - 2009
* Documentos e Recursos
* Plataforma de recursos e referências para a educação intercultural e plurilingue
in: Conselho da Europa
domingo, 23 de janeiro de 2011
Os conceitos Língua Materna, Segunda Língua e Língua Estrangeira e os falantes de línguas alóctones minoritárias no Sul do Brasil
imagem daqui.
"4 - Os conceitos
Diferentemente dos conceitos “Segunda Língua” e “Língua Estrangeira”, o conceito "Língua Materna” é tratado, pela maioria dos autores, como uma denominação um tanto óbvia. Esse deve ser realmente de mais fácil denominação que os outros, porém pouco se encontram definições para o termo. Uma descrição simples e direta, contudo antiga, encontrada nas pesquisas foi a de MUES (1970) no livro Sprache: Was ist das? (“Língua: o que é isso?”): “Muttersprache ist die Sprache, die jeder Mensch als erste lernt und die somit die Grundlage seines Menschwerdens ist”.(1)
Essa definição é um tanto antiga e, por isso, cheia de lacunas, mas apresenta dois
fatores importantes: a justaposição com o conceito “Primeira Língua” e o fator identitário que carrega – a pessoa se identifica de alguma forma com a Língua Materna. A aquisição da Primeira Língua, ou da Língua Materna, é uma parte integrante da formação do conhecimento de mundo do indivíduo, pois junto à competência lingüística se adquirem também os valores pessoais e sociais. A Língua
Materna caracteriza, geralmente, a origem e é usada, na maioria das vezes, no dia-adia.
A Língua Materna, ou a Primeira Língua (L1) não é, necessariamente, a língua da mãe, nem a primeira língua que se aprende. Tão pouco trata-se de apenas uma língua. Normalmente é a língua que aprendemos primeiro e em casa, através do pais, e também é freqüentemente a língua da comunidade. Entretanto, muitos outros aspectos lingüísticos e não-lingüísticos estão ligados à definição. A língua dos pais pode não ser a língua da comunidade, e, ao aprender as duas, o indivíduo passa a ter mais de uma L1 (caso de bilingüismo). Uma criança pode, portanto, adquirir uma língua que não é falada em casa, e ambas valem como L1.
A título de ilustração: uma criança nasce e cresce na Alemanha, filha de um francês com uma colombiana. Se com cada um dos pais ela se comunica nas suas línguas respectivas, e na creche, na rua, com os amigos e vizinhos o alemão é a língua diária, essa criança tem, claramente, três línguas maternas: francês, espanhol e alemão. A ordem, nesse caso, não interessa muito, pois “... auch eine leichte Verspätung bei dem Erwerb einer Sprache bis in das 2. und 3. Lebensjahr gilt noch
als ‚gleichzeitiger’ Erwerb, denn die relative Verspätung wird in der Regel rasch
aufgeholt”.
De forma geral, contudo, a caracterização de uma Língua Materna como tal só se dá se combinarmos vários fatores e todos eles forem levados em consideração: a língua da mãe, a língua do pai, a língua dos outros familiares, a língua da comunidade, a língua adquirida por primeiro, a língua com a qual se estabelece uma relação afetiva, a língua do dia-a-dia, a língua predominante na sociedade, a de melhor status para o indivíduo, a que ele melhor domina, língua com a qual ele se sente mais a vontade... Todos esses são aspectos decisivos para definir uma L1 como tal.
Se a criança citada acima, agora com 5 anos de idade, se muda para a Inglaterra e começa a adquirir o inglês para poder comunicar-se bem e integrar-se, enquanto ele estiver na Inglaterra, teríamos um caso de Segunda Língua.
A L1 é caracterizada pelo fato de que a criança a aprende “scheinbar mühelos, allmählich und automatisch im Einklang mit der geistigen und körperlichen Entwicklung erwirbt”. A aquisição de uma Segunda Língua (L2 ou SL ), por sua vez, se dá, quando o indivíduo já domina em parte ou totalmente a(s) sua(s) L1, ou seja, quando ele já está em um estágio avançado da aquisição de sua Língua Materna.
Segundo uma velha teoria neurolingüística, defendida e difundida principalmente por LENNEBERG (1967) , deve haver um determinado espaço temporal, no qual a aquisição ocorre de forma mais fácil e mais eficaz. O chamado “período crítico” (critical period) estaria ligado ao desenvolvimento do cérebro e ao processo de lateralização. O seu encerramento seria também o encerramento desse período.
Durante esse período, qualquer língua adquirida teria o status de L1. A teoria, no entanto, não se comprovou, pois não se conseguiu demonstrar que seria mais fácil aprender uma língua de forma geral antes da puberdade, nem determinar quando começaria e quando terminaria o período crítico.
Afirma-se, de forma geral, que línguas adquiridas ainda cedo são dominadas como L1 – mas desde que aquelas desempenhem uma função semelhante à desta."
(1) tradução livre "língua materna é o idioma que todos aprendem em primeiro lugar e, assim, a base de seu devir humano"
in: www.revistacontingentia.com | Karen Pupp Spinassé
Revista Contingentia, 2006,Vol. 1, novembro 2006. 01–10 5
© Revista Contingentia ISSN 1980-7589
Sobre linguística - um livro do pai da Linguística(*)
“A linguagem tem um aspecto individual e um aspecto social. Um não é concebível sem o outro. Além disso: Linguagem em um dado momento envolve um sistema estabelecido e uma evolução. Em dado momento, é uma instituição no presente e um produto do passado”
Ver o livro todo aqui.
(*)Ferdinand de Saussure, o fundador da Linguística moderna,reconhecia no começo do séc. XX que a língua é um “objecto escondido”, não susceptível de uma observação directa. Assim, para desenvolver pesquisas sobre ela precisamos postular uma teoriaDo texto do Museu da Língua Portuguesa.
sábado, 22 de janeiro de 2011
GUIA DE NOTAS, CITAÇÕES E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Imagem daqui.
A Norma Portuguesa 405 do Instituto Português da Qualidade e o sistema de Harvard internacionalmente reconhecido
A elaboração de uma bibliografia é, normalmente, fonte de dúvidas na execução de trabalhos uma vez que existem várias formas de as realizar (Normas). Para evitar ambiguidades, e meramente como instrumento de referência rápida, o Serviço de Informação e Documentação da Escola Superior de Comunicação Social apresenta duas propostas: a Norma Portuguesa 405 do Instituto Português da Qualidade e o sistema de Harvard* internacionalmente reconhecido.
* O sistema de referência de Harvard é o método mais directo de reconhecer o trabalho de um autor, pois, à partida, só é necessário mencionar o autor e data de publicação no texto que está a ser elaborado. O leitor pode facilmente localizar a
descrição completa da obra em causa ao recorrer à bibliografia apresentada no final do documento. O sistema tema a vantagem de mostrar de imediato a autoridade citada, reconhece-la facilmente, e saber quão recente é a informação.
NOTA: Importa referir que independentemente do sistema seleccionado deve ser utilizado um e apenas um durante todo o trabalho.
Ver o documento aqui.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Educação Problematizadora x Educação Bancária
"[...] ensinar não é transferir a inteligência do objeto ao educando mas instigá-lo no sentido de que, como sujeito cognoscente, se torne capaz de inteligir e comunicar o inteligido. É nesse sentido que se impõe a mim escutar o educando em suas dúvidas, em seus receios, em sua incompetência provisória. E ao escutá-lo, aprendo a falar com ele. (FREIRE, 2005, p. 119)."
3. Educação Problematizadora x Educação Bancária
Freire não se limitou a analisar como são a educação e a pedagogia, mas mostra uma teoria de como elas devem ser compreendidas teoricamente e como se deve agir através de uma educação denominada Libertadora. Para ele, educação é um encontro entre interlocutores, que procuram no ato de conhecer a significação da realidade e na práxis o poder da transformação.
Entende-se por pedagogia em Freire, a ação que pode e deve ser muito mais que um processo de treinamento ou domesticação; um processo que nasce da observação e da reflexão e culmina na ação transformadora.
Em oposição à pedagogia do diálogo, Paulo Freire desnuda a concepção bancária de educação; é uma crítica à educação que existe no sistema capitalista. Nessa concepção:
O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição; o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam; o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos (Freire, 1983, p.68).
Este desnudamento serve de premissa para visualizar o poder do educador sobre o educando e como conseqüência à possibilidade de formar sujeitos ativos, críticos e não domesticados. A Educação Bancária se alicerça nos princípios de dominação, de domesticação e alienação transferidas do educador para o aluno através do conhecimento dado, imposto, alienado.
De fato, nessa concepção, o conhecimento é algo que, por ser imposto, passa a ser absorvido passivamente:
Na visão "bancária" da educação, o "saber" é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro (Freire,1983. p. 67).
Como se vê, a opressão é o cerne da concepção bancária. Para analisar esta concepção que se fundamenta no antidiálogo, Freire (1983) apresenta características que servem à opressão. São elas: a conquista, a divisão, a manipulação e a invasão cultural.
1. Conquista - a necessidade de conquista se dá desde "as mais duras às mais sutis; das mais repressivas às mais adocicadas, como o paternalismo" (p.162);
2. Divisão - "na medida em que as minorias, submetendo as maiorias a seu domínio, as oprimem, dividi-las e mantê-las divididas são condições indispensáveis à continuidade de seu poder" (p.165);
3. Manipulação - "através da manipulação, as elites dominadoras vão tentando conformar as massas populares a seus objetivos. E quanto mais imaturas politicamente estejam, tanto mais facilmente se deixam manipular pelas elites dominadoras que não podem querer que se esgote seu poder" (p.172);
4. Invasão cultural - "a invasão cultural é a penetração que fazem os invasores no contexto cultural dos invadidos, impondo a estes sua visão de mundo, enquanto lhes freiam a criatividade, ao inibirem sua expansão" (p.178).
Ao contrário da educação libertadora, a concepção bancária de educação não exige a consciência crítica do educador e do educando, assim como o conhecimento não desvela os "porquês" do que se pretende saber. Eis porque a educação bancária oprime, negando a dialogicidade nas relações entre os sujeitos e a realidade.
Por oposição à Educação Bancária, a educação, segundo Freire, é libertação. Nesta concepção, o conhecimento parte da realidade concreta do homem e este reconhece o seu caráter histórico e transformador.
Freire ressalta a necessidade do homem entender sua vocação ontológica, como ponto de partida para se obter nessa análise uma consciência libertadora, isto é, o homem só chegará a consciência do seu contexto e do seu tempo na relação dialética com a realidade, pois só desta maneira terá criticidade para aprofundar seus conhecimentos e tomar atitudes frente a situações objetivas.
Reiterando a afirmação acima, diz que:
[...] a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica num constante ato de desvelamento da realidade
[...] busca a emersão das consciências, de que resulte sua inserção crítica na realidade (Freire, 1983, p. 80).
O comprometimento com a transformação social é a premissa da educação libertadora. Libertação que não é só individual, mas principalmente coletiva, social e política. O ponto de partida do pensamento de Paulo Freire se dá a partir da visão de uma realidade onde o homem já não era sujeito de si próprio, ou como ele mesmo se referia, se "coisificava", anulando o sentido de sua vocação ontológica, ou seja, deixa de ser sujeito de seu agir e de sua própria história. Por essa análise, a pedagogia freireana apresenta no Capítulo IV, em Pedagogia do Oprimido, a dialogicidade como essência da educação libertadora mostrando características necessárias para que se concretize. São elas: a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural.
1. Colaboração - a ação dialógica só se dá coletivamente, entre sujeitos, "ainda que tenham níveis distintos de função, portanto de responsabilidade, somente pode realizar-se na comunicação" (p.197);
2. União - a classe popular tem de estar unida e não dividida, pois significa "a união solidária entre si, implica esta união, indiscutivelmente, numa consciência de classe" (p.205);
3. Organização - "[...] é o momento altamente pedagógico, em que a liderança e o povo fazem juntos o aprendizado da autoridade e da liberdade verdadeiras que ambos, como um só corpo, buscam instaurar, com a transformação da realidade que os mediatiza" (p.211);
4. Síntese cultural - consiste "na ação histórica, se apresenta como instrumento de superação da própria cultura alienada e alienante". "[...] faz da realidade objeto de sua análise crítica" (p.p.214 -215).
Trabalho de Laércia Maria Bertulino de Medeiros
Veja o documento aqui.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Links - Inquéritos
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O Inquérito, Teoria e Prática | |
Les enquêtes sociologiques, Théories et pratique | I. sociológicos |
O Inquérito: Teoria e prática | I. teoria e prática |
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Links relacionados com temas deste mestrado
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ALTE – A Association of Language Testers na Europa | ALTE Europa |
ALTE em Portugal Centro de Avaliação de Português Língua Estrangeira – CAPLE | ALTE Portugal CAPLE |
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Atlas UNESCO das Línguas do Mundo em Perigo | Línguas do Mundo em Perigo |
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Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL) | Centro de Linguística UL |
ChapterIII Contrastive Analysis[DOC] | Comparação de línguas |
Comissão Europeia-Multilinguismo-Estudos: | Comissão Europeia-MultilinguismoI |
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Diglosia 1 - Ferguson's original formulation. (1959! Inglês!...) | Diglosia 1 |
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Perfis Linguísticos PLNM | Perfis Linguísticos PLNM |
Política linguística 1 - Bernard Spolsky, Educational Linguistics. | Política linguística 1 - Bernard Spolsky |
Política linguística 2 - H. Schiffman, Language Policy and Linguistic Culture | Política linguística 2 - H. Schiffman |
PORTFOLIO EUROPEU DE LÍNGUAS | PORTFOLIO EUROPEU DE LÍNGUAS |
Programa p/ integração dos alunos que NÃO têm o Português c/o Língua Materna | Programa p/ integração dos alunos PLNM |
Proj.Diversi// Linguíst.na Esc.Port.ª(Aval. nível de proficiência linguística (PLNM) | Aval. nível de proficiência linguística (PLNM) |
Quadro Comum Europeu de Referência | Quadro Comum Europeu de Referência |
Recursos Lingu@net Europa c/materiais p/aprendizagem e ensino de numerosas línguas. | Recursos - materiais p numerosas línguas. |
Tema e Rema 1 | Tema e Rema 1 |
Tema e Rema 2 | Tema e Rema 2 |
The Psycholinguistics of the Interaction Approach1[PDF] | Aquisição de Segunda Língua (SLA) |
Transitividade e Linguística Sistémico-Funcional (LSF) | Transitividade e LSF |
Unesco-educação | Unesco-educação |
Links - Angola
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A Língua Portuguesa e as crianças angolanas (Programa) | Programa de Língua |
A propósito de Provérbios... Angolanos | I - Provérbios de Angola |
Angola - Estratégia de alfabetização e recuperação do atraso escolar | Alfabetização - estratégias |
Constituição da República Popular de Angola (2010) | Constituição |
Desenvolvimento da educaçao especial em Angola 2007-2015 | Educação Especial |
Jovens criam "Conexão Lusófona" | Conexão Lusófona |
Languages of Angola | Línguas de Angola |
Literatura angolana de tradição oral e a sua recolha: breve história | Literatura angolana |
Multilinguismo e direitos linguísticos | Multilinguísmo e direitos |
Português é a língua oficial de Angola. | Língua oficial |
Provérbios de Angola | II - Provérbios de Angola |
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Angola - Estratégia de alfabetização e recuperação do atraso escolar
Estratégia de alfabetização e recuperação do atraso escolar 2006-2015
“ANGOLA ALFABETIZADA, ANGOLA DESENVOLVIDA”
TODOS PELA ALFABETIZAÇÃO,ALFABETIZAÇÃO PARA TODOS
Em Angola, a Estratégia Integrada para a Melhoria do Sistema de Educação (2001-2015) reconhece que "As elevadas taxas de analfabetismo são um dos mais sérios desafios que o País enfrenta.
O facto de, em Angola, uma grande proporção de mulheres ser analfabeta tem implicações particularmente graves no bem-estar das famílias, sendo, por conseguinte, uma das principais barreiras para a sua ascensão sócio-económica".
Há estimativas de que "mais de metade das mulheres chefes de agregados familiares não sabe ler nem escrever" (INE & UNICEF: 2003, p. 31).
Não se deve esquecer que pais que retomam a sua escolarização acabam por atribuir maior valor à educação de seus filhos e fazer maiores esforços para mantê-los na escola. Consequentemente, pode dizer-se que educar mães e pais resulta em mais crianças na escola hoje e menos jovens e adultos analfabetos amanhã.
Lembremo-nos ainda do enorme contingente de jovens que, em decorrência do contexto de instabilidade político-militar, da necessidade de deslocamento interno e ainda das dificuldades económico-financeiras por que passou o país na última década e meia, ficou à margem do sistema escolar e agora, em idade produtiva, se mantém analfabeto absoluto ou funcional.
Ver o documento na integra aqui.
Desenvolvimento da educaçao especial em Angola 2007-2015
ABRINDO CAMINHOS PARA O FUTURO DOS SEUS SONHOS
"O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Educação Especial é um instrumento que tem como objectivo projectar acções prioritárias a desenvolver nos próximos nove anos. Este documento está estruturado por capítulos nomeadamente:
Antecedentes, Contexto, Análise da Situação, Objectivos Estratégicos, Estratégias de Intervenção, Actividades a desenvolver, Custos e Financiamento, Gestão, Monitorização e Avaliação."
Este é o ponto 1 da apresentação deste documento. Ver o documento na integra aqui
domingo, 16 de janeiro de 2011
Jovens criam "Conexão Lusófona"
No passado dia 12 de Dezembro foi criada em Lisboa a "Conexão Lusófona", a mais recente associação de jovens oriundos dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
Esta organização tem por objectivo promover projectos relacionados com a Lusofonia, integração através da Língua e de "conhecer, reconhecer, produzir e reproduzir, laços culturais e sociais de riqueza inestimável privilegiando um diálogo directo entre as novas gerações".
2010, Lisboa, Rio, Luanda, Praia, Madrid, Barcelona, Boston, Macau
Hoje somos MAIS e já não estamos apenas no nosso quintal. O mundo ficou pequeno e a Lusofonia é global. Através da internet, conhecemos pessoas nos mais variados cantos do globo que se juntaram a esta corrente lusófona.
São conversas ao telemóvel, no skype, no msn, em português de vários sotaques e perfumes, crioulo à mistura. Encontramo-nos aqui e ali sempre há um pretexto, uma oportunidade.
Em 2010, a Conexão começa finalmente a materializar tudo o que pensou e debateu ao longo destes 5 anos, e estamos mais do que nunca empenhados em fazer com que a cultura lusófona seja mais sentida, entendida e apropriada pelas novas gerações.
Mas vamos fazer o quê?
Vamos criar uma série de projetos promotores da interculturalidade e da troca de conhecimento no espaço da língua portuguesa (do qual este site é só um exemplo).
Vamos combater pré-conceitos, estereótipos e barreiras que só nos afastam e não nos aproximam...
Vamos lutar por um verdadeiro sentimento de pertença, por uma verdadeira consciência do que significa afinal ser-se lusófono e do que somos nós, lusófonos, em diálogo aberto com o resto do mundo.
Vamos Chamar para perto, todos os que desta Família fazem parte.
Para fazer tudo isto acontecer, precisaremos, num futuro bem próximo, de apoios e parcerias, nas mais variadas áreas, mas sobretudo de vontades, de risos, de perfumes de latitudes várias dos alentos dos que connosco queiram partilhar o sonho e fazer parte da sua realização.
Procuramos, verdadeiras convicções e claro...Conexões Lusófonas ;)
Multilinguismo e direitos linguísticos
Imagem daqui
O direito à diversidade linguística (O caso de Angola)
(Documento de Domingos Nazau & Maria da Graça Sardinha
Faculdade de Arte e Letras da Universidade da Beira Interior)
"2.2. O professor da actualidade: na senda de um perfil
O professor, hoje, deverá ser fundamentalmente um agente de mudança. Neste século XXI, os nacionalismos devem dar lugar ao universalismo, os preconceitos étnicos e culturais à tolerância, à compreensão, ao pluralismo, à democracia. O cerne do processo pedagógico deve ser constituído por uma forte relação entre o professor e o aluno. Há muito que o professor deixou de ser apenas o transmissor de conhecimentos, mas sim alguém que consegue ajudar os seus alunos a resolver problemas, por forma a tornarem-se sujeitos autónomos e interventivos, livres e democratas.
Mediante o exposto, que se pode enquadrar no âmbito da formação do professor de qualquer ramo do saber, procuraremos definir o professor de língua portuguesa uma vez que, em nossa opinião, poderá ser um elemento chave na formação da jovem democracia angolana.
Sabendo à partida que não se apresenta tarefa fácil, primamos pela exigência de um professor Culto, com uma personalidade onde a dimensão da teoria, da praxis e da crítica coabitem em dinâmica e constante interacção. Exige-se que nos primeiros anos de ensino não seja um mero alfabetizador, mas alguém com capacidades, entre outras: 1- O saber relativo à teoria; 2- O saber-fazer relativo à praxis; 3- O saber-ser/saber-estar relativo à dimensão crítica.
Quanto às competências exigidas ao professor de língua portuguesa em qualquer parte
do mundo, deverão convergir nos seguintes parâmetros:
i) O poder práxico-poiético, que se traduz na conectização das capacidades de falar/escrever/ouvir/ler;
ii) O poder teórico, que, por sua vez, remete para a capacidade de interpretar e de explicitar, formulando hipóteses, arquitectando teorias e modelos, construindo esquemas…;
iii) O poder crítico, que fundamenta, justifica e confirma os produtos do poder teórico sobre a língua, estabelecendo critérios e padrões de gramaticalidade, de aceitabilidade, clarificando pressupostos, em suma, problematizando o poder teórico sobre a língua.
Todavia, para além do exposto, pretende-se um verdadeiro profissional de ensino que saiba organizar-se à volta da questão das aprendizagens fundamentais, tidas como verdadeiros “pilares” da educação (De Lord, 1996):
a) Aprender a conhecer;
b) Aprender a fazer;
c) Aprender a viver juntos;
d) Aprender a ser."
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sábado, 15 de janeiro de 2011
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Constituição da República de Angola (2010)
Imagem retirada daqui.
Constituição da República de Angola (2010) Promulgada em 05 de Fevereiro de 2010
Artigo 19.º
(Línguas)
1. A língua oficial da República de Angola é o português.
2. O Estado valoriza e promove o estudo, o ensino e a utilização das demais
línguas de Angola, bem como das principais línguas de comunicação
internacional.
A Língua Portuguesa e as crianças angolanas
Ao entrar para a escola, a criança tem já determinados conhecimentos adquiridos a partir das suas vivências no meio familiar e social. A lei de bases define o sistema de educação como um conjunto de processo, princípios e modalidades através das quais se realiza a educação. Há, portanto, que se proceder á estruturação de um conjunto de aprendizagens atinentes ao alcance da formação harmoniosa e integral da personalidade do aluno, convista a consolidação de uma sociedade próspera, livre e democrática. A Língua Portuguesa é, em Angola a língua oficial, de escolaridade e de comunicação nacional e internacional. É a Língua Veicular através da qual se emitem e recebem mensagens e a base a aquisição de conhecimentos técnico-científicos, valores éticos, cívicos e culturais. Ela desempenha também a função de veículo para a transmissão e aquisição de conhecimentos implícitos e explícitos, instrumento de integração, meio de apoio e articulação d todas as disciplinas. Veja PROGRAMAS DO ENSINO PRIMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA - 1ª classe Março de 2003 Angola
O português é a língua oficial de Angola.
Em 1983, 60% dos moradores declararam que o português é sua língua materna, embora estimativas indiquem que 70% da população fale uma das línguas nativas como primeira ou segunda língua.
Além do português, Angola abriga cerca de onze grupos lingüísticos principais, que podem ser subdivididos em diversos dialetos (cerca de noventa). As línguas principais são: o umbundu, falado pelo grupo ovimbundu (parte central do país); o kikongo, falado pelos bakongo, ao norte, e o chokwe-lunda e o kioko-lunda, ambos ao nordeste. Há ainda o kimbundu, falado pelos mbundos, mbakas, ndongos e mbondos, grupos aparentados que ocupam parte do litoral, incluindo a capital Luanda.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Educação bancária e educação libertadora
O excerto que se segue é de um trabalho de Laércia Maria Bertulino de Medeiros
3. Educação Problematizadora x Educação Bancária
Freire não se limitou a analisar como são a educação e a pedagogia, mas mostra uma teoria de como elas devem ser compreendidas teoricamente e como se deve agir através de uma educação denominada Libertadora. Para ele, educação é um encontro entre interlocutores, que procuram no ato de conhecer a significação da realidade e na práxis o poder da transformação.
Entende-se por pedagogia em Freire, a ação que pode e deve ser muito mais que um processo de treinamento ou domesticação; um processo que nasce da observação e da reflexão e culmina na ação transformadora.
Em oposição à pedagogia do diálogo, Paulo Freire desnuda a concepção bancária de educação; é uma crítica à educação que existe no sistema capitalista. Nessa concepção:
O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição; o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam; o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos (Freire, 1983, p.68).
Este desnudamento serve de premissa para visualizar o poder do educador sobre o educando e como conseqüência à possibilidade de formar sujeitos ativos, críticos e não domesticados. A Educação Bancária se alicerça nos princípios de dominação, de domesticação e alienação transferidas do educador para o aluno através do conhecimento dado, imposto, alienado.
De fato, nessa concepção, o conhecimento é algo que, por ser imposto, passa a ser absorvido passivamente:
Na visão "bancária" da educação, o "saber" é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro (Freire,1983. p. 67).
Como se vê, a opressão é o cerne da concepção bancária. Para analisar esta concepção que se fundamenta no antidiálogo, Freire (1983) apresenta características que servem à opressão. São elas: a conquista, a divisão, a manipulação e a invasão cultural.
1. Conquista - a necessidade de conquista se dá desde "as mais duras às mais sutis; das mais repressivas às mais adocicadas, como o paternalismo" (p.162);
2. Divisão - "na medida em que as minorias, submetendo as maiorias a seu domínio, as oprimem, dividi-las e mantê-las divididas são condições indispensáveis à continuidade de seu poder" (p.165);
3. Manipulação - "através da manipulação, as elites dominadoras vão tentando conformar as massas populares a seus objetivos. E quanto mais imaturas politicamente estejam, tanto mais facilmente se deixam manipular pelas elites dominadoras que não podem querer que se esgote seu poder" (p.172);
4. Invasão cultural - "a invasão cultural é a penetração que fazem os invasores no contexto cultural dos invadidos, impondo a estes sua visão de mundo, enquanto lhes freiam a criatividade, ao inibirem sua expansão" (p.178).
Ao contrário da educação libertadora, a concepção bancária de educação não exige a consciência crítica do educador e do educando, assim como o conhecimento não desvela os "porquês" do que se pretende saber. Eis porque a educação bancária oprime, negando a dialogicidade nas relações entre os sujeitos e a realidade.
Por oposição à Educação Bancária, a educação, segundo Freire, é libertação. Nesta concepção, o conhecimento parte da realidade concreta do homem e este reconhece o seu caráter histórico e transformador.
Freire ressalta a necessidade do homem entender sua vocação ontológica, como ponto de partida para se obter nessa análise uma consciência libertadora, isto é, o homem só chegará a consciência do seu contexto e do seu tempo na relação dialética com a realidade, pois só desta maneira terá criticidade para aprofundar seus conhecimentos e tomar atitudes frente a situações objetivas.
Reiterando a afirmação acima, diz que:
[...] a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica num constante ato de desvelamento da realidade
[...] busca a emersão das consciências, de que resulte sua inserção crítica na realidade (Freire, 1983, p. 80).
O comprometimento com a transformação social é a premissa da educação libertadora. Libertação que não é só individual, mas principalmente coletiva, social e política. O ponto de partida do pensamento de Paulo Freire se dá a partir da visão de uma realidade onde o homem já não era sujeito de si próprio, ou como ele mesmo se referia, se "coisificava", anulando o sentido de sua vocação ontológica, ou seja, deixa de ser sujeito de seu agir e de sua própria história. Por essa análise, a pedagogia freireana apresenta no Capítulo IV, em Pedagogia do Oprimido, a dialogicidade como essência da educação libertadora mostrando características necessárias para que se concretize. São elas: a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural.
1. Colaboração - a ação dialógica só se dá coletivamente, entre sujeitos, "ainda que tenham níveis distintos de função, portanto de responsabilidade, somente pode realizar-se na comunicação" (p.197);
2. União - a classe popular tem de estar unida e não dividida, pois significa "a união solidária entre si, implica esta união, indiscutivelmente, numa consciência de classe" (p.205);
3. Organização - "[...] é o momento altamente pedagógico, em que a liderança e o povo fazem juntos o aprendizado da autoridade e da liberdade verdadeiras que ambos, como um só corpo, buscam instaurar, com a transformação da realidade que os mediatiza" (p.211);
4. Síntese cultural - consiste "na ação histórica, se apresenta como instrumento de superação da própria cultura alienada e alienante". "[...] faz da realidade objeto de sua análise crítica" (p.p.214 -215).
Veja o artigo completo aqui.
Mais sobre educação bancária aqui.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Angola - (ainda os ) Provérbios
Imagem de António Alonso artista nascido em Angola
Um breve olhar sobre os provérbios angolanos, a partir de recolhas efectuadas entre os séculos XIX e XX.
Um breve olhar sobre os provérbios angolanos, a partir de recolhas efectuadas entre os séculos XIX e XX.
Atlas UNESCO das Línguas do Mundo em Perigo
Atlas da UNESCO das Línguas do Mundo em Perigo destina-se a aumentar a consciencialização sobre comprometimento de linguagem e a necessidade de salvaguardar a diversidade linguística do mundo entre os decisores políticos, comunidades falantes e o público em geral, e para ser uma ferramenta para monitorizar o status de línguas ameaçadas de extinção e as tendências da diversidade linguística, a nível global.(tradução livre)
Veja tudo aqui
sábado, 1 de janeiro de 2011
Ano Novo Feliz
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